Ilustração investimentos  (Pixabay)

Por onde começar? Com a vasta quantidade de conteúdo disponível na internet sobre o assunto, é natural se sentir perdido, sem saber qual fonte seguir ou por onde começar. Mas não se preocupe, estamos aqui para ajudar. Preparamos um guia com as 10 dicas definitivas para você iniciar sua jornada no mundo dos investimentos de forma segura e confiante.

1. Investindo com sabedoria: Estude e se mantenha atualizado

Como investidor iniciante, a primeira e essencial dica é dedicar-se ao estudo e aprendizado. Assim como afiar um machado antes de cortar uma árvore, preparar-se é fundamental para agir com clareza e facilidade.

Investir em ações e títulos envolve riscos em um cenário de ganhos incertos. Ao acreditar na multiplicação do dinheiro, é crucial evitar erros que possam resultar em perdas significativas. Manter-se atualizado com notícias sobre a bolsa, mercado, política e empresas é fundamental, pois esses fatores podem influenciar os preços das ações. Aqui no Investidor10, você encontrará diversos materiais para auxiliá-lo nessa jornada.

2. Perfis de investidor: Defina sua abordagem

Existem três perfis de investidor: conservador, moderado e agressivo. Identificar seu perfil é crucial para estabelecer seus objetivos. O investidor conservador visa manter seu capital e busca ganhos a longo prazo, geralmente focando em renda fixa e tesouro direto.

Já o investidor moderado está entre o conservador e o agressivo, com aportes em ambos os lados e uma tolerância a riscos maior que o primeiro. O perfil agressivo envolve maior disposição para arriscar o capital, sendo a renda variável atrativa. No entanto, o risco maior está na falta de conhecimento e na ansiedade por ganhos rápidos.

3. Liberte-se das dívidas: Organize suas finanças

As dívidas têm um efeito negativo nos investimentos, corroendo o capital de forma até mais significativa que o retorno dos investimentos, especialmente com juros compostos. Taxas altas de juros, como as do cheque especial e do cartão de crédito, podem dificultar um retorno consistente.

Para investidores iniciantes, a dica é livrar-se das dívidas e organizar as finanças. A negociação com os credores pode ser uma opção, possibilitando descontos e parcelamentos para quitar os débitos. É essencial agir com responsabilidade financeira antes de iniciar seus investimentos.

4. Organize seu Planejamento Financeiro

Planejamento financeiro é uma extensão da dica anterior. Além de ter controle sobre sua vida financeira, é uma etapa fundamental para quem deseja investir. Um investidor iniciante precisa gerenciar seus números e seguir a máxima de Ed. Deming: "não se gerencia o que não se mede". Ser um bom gestor é essencial.

Calcule sua renda mensal proveniente de salários, empreendimentos e outros rendimentos. Desse valor, comprometa no máximo 80% com custos fixos ou variáveis. O restante será o aporte previsível para investimentos. A manutenção desses investimentos, com aporte constante, também é fundamental.

Além disso, evite gastar mais de 30% a 40% com parcelas, como as de carro, bens diversos e cartões. Mantenha um orçamento de gastos, evite consumo por impulso e fuja dos juros.

5. Estabeleça suas Estratégias e Objetivos

Como investidor iniciante, é essencial definir suas estratégias e objetivos. Determine o valor inicial que pretende investir, o que almeja com esses investimentos, se realizará novos investimentos e com qual frequência.

O planejamento é fundamental para estabelecer metas e o caminho para alcançá-las, proporcionando previsibilidade e reduzindo possíveis decepções. Embora não haja garantias absolutas de ganhos, é possível controlar custos, corretagens e impostos.

Considere a questão dos impostos, pois eles afetam os lucros reais dos investimentos. Além disso, certos investimentos são isentos de imposto de renda, o que pode ser atrativo para alguns perfis de investidores.

Defina seus objetivos: fundo para universidade, aposentadoria ou liberdade financeira? Essa definição ajudará a compreender o prazo e o capital necessários.

6. Diversifique seus Investimentos: A estratégia dos grandes investidores

Warren Buffet e Luiz Barsi, dois dos maiores investidores do mundo, têm algo em comum além do sucesso: diversificação de investimentos. Essa estratégia consiste em não colocar todos os ovos na mesma cesta, pulverizando o capital e mitigando riscos.

Existem diferentes tipos de investimentos, e a diversificação visa prevenir-se da volatilidade e dos riscos do mercado. Por exemplo, um rendimento ruim em um ativo pode ser compensado por outro com melhor desempenho naquele momento.

O equilíbrio da carteira varia de acordo com o perfil do investidor. Pode-se ter, por exemplo, 75% em renda fixa e ETFs (fundos de índice) e 25% em ações para um perfil conservador, ou 40% em ativos mais agressivos para um perfil moderado. A diversificação é uma estratégia adotada pelos grandes investidores e pode beneficiar também os investidores iniciantes.

7. Conheça o Tripé do Investimento

Rentabilidade, segurança e liquidez são os três pilares essenciais que guiam a jornada do investidor iniciante.

Rentabilidade: É o retorno que você obterá ao longo do período de investimento. Talvez esse seja o aspecto que mais chame a sua atenção como investidor. É importante compreender que quanto maior a valorização dos ativos, maior será o lucro, mas também aumentam os riscos proporcionalmente.

Segurança: Esse ponto está relacionado aos riscos associados à rentabilidade. O nível de segurança de um ativo deve ser avaliado considerando o quanto você está disposto a correr riscos. Geralmente, o risco está relacionado com a rentabilidade a curto prazo, enquanto ativos mais seguros podem ser mais vantajosos para rendimentos a longo prazo.

Liquidez: Refere-se à facilidade de transformar seus investimentos em dinheiro. Se você, como investidor iniciante, busca maior facilidade para resgatar seus ativos, é importante optar por investimentos mais líquidos.

Um ativo com baixa liquidez pode representar um problema, porém, um investidor paciente e conservador pode encontrar atrativos em ativos seguros com baixa liquidez a curto prazo.

8. Crie uma Reserva de Emergência

Imprevistos acontecem, e concentrar todos os seus recursos em uma única cesta não é apenas um erro no mundo dos investimentos, mas também na vida em geral.

É crucial ter uma reserva financeira para enfrentar adversidades. Essa reserva pode ser formada, por exemplo, por investimentos em Renda Fixa. Basta escolher ativos com certa liquidez e segurança, mesmo que a rentabilidade seja menor.

9. Por onde Começar como Investidor Iniciante

Agora é a hora de começar a agir! As opções mais seguras para investidores iniciantes são as aplicações em Renda Fixa, como Letras de Crédito (LC, LCI e LCA), Certificados de Recebíveis (CRA e CRI), Debêntures, Fundos de Investimentos, Certificados de Depósito Bancário e Tesouro Direto.

Renda fixa consiste basicamente em títulos de dívida com retornos de caráter fixo (pré ou pós-fixados) e data de vencimento. São emitidos por bancos, governo e outras instituições financeiras credenciadas. Além de apresentarem mais segurança, são fáceis de acompanhar e exigem menos do investidor iniciante.

Após estudar e começar com ativos de renda fixa, é hora de explorar o mercado de ações, conhecido como renda variável. Aqui, o risco pode ser um pouco maior, mas também a rentabilidade.

Para o investidor iniciante, uma boa dica é investir em ETFs, como mencionado anteriormente.

10. Revise e Mantenha-se Disciplinado

A última dica é tão importante quanto as demais: revise!

Não subestime a relevância da revisão, releitura e relembrança. Analise seus investimentos sob diferentes perspectivas e ângulos.

O bom investidor é aquele que não se deixa influenciar pela multidão ou por clichês. Ele lê, analisa e refaz suas escolhas sempre com um olhar aguçado e criterioso. Disciplina é fundamental, tanto nos estudos quanto na hora de investir e arriscar.

Se você é um investidor iniciante, coloque essa dica em prática e, sempre que necessário, retome a revisão dos conceitos apresentados anteriormente.