O banco reforçou a posição do Brasil como "overweight" em seu portfólio de ações na região e realizou algumas substituições em sua carteira de estratégia.
O banco reforçou a posição do Brasil como "overweight" em seu portfólio de ações na região e realizou algumas substituições em sua carteira de estratégia.
ilustração postiva (pixabay)
Após um período de três meses de ascensão do Ibovespa, apesar dos últimos pregões instáveis, o Bank of America manteve uma exposição overweight (acima da média do mercado, correspondente a uma recomendação de compra) para o Brasil em seu portfólio da América Latina. O banco ressalta que o atual nível das taxas de longo prazo já possibilita um potencial de valorização do benchmark da Bolsa.
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O banco norte-americano destaca que o Brasil tem um considerável espaço para crescimento e projeta que o índice alcance 135 mil pontos até o final de 2023, representando um aumento de 13% em relação ao fechamento do dia anterior. O Bank of America também enfatiza que as taxas reais de longo prazo continuam diminuindo historicamente à medida que o ciclo de flexibilização monetária progride – o qual teve início na semana passada, com um corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, resultando em uma taxa de 13,25% ao ano.
A situação de fluxo de capitais também apresenta melhoras, visto que os fluxos de saída dos fundos estão finalmente se reduzindo e a alocação para ações entre os investidores locais permanece baixa, o que sugere um potencial para aumento da exposição.
Os estrategistas do banco destacam que continuam favorecendo setores e empresas sensíveis às taxas de juros. No setor financeiro, mantêm uma visão positiva em relação a XP (XPBR31), B3 (B3SA3) e BTG Pactual (BPAC11).
Em relação à tecnologia, eles demonstram preferência por empresas como Mercado Livre (MELI34) e Totvs (TOTS3), assim como por nomes com alta alavancagem, como Hapvida (HAPV3) e Rumo (RAIL3). Quanto às concessionárias e serviços públicos, possuem exposição em Equatorial (EQTL3), Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET6).
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O Bank of America também mantém interesse no setor de shoppings, substituindo Multiplan (MULT3) por Aliansce Sonae + brMalls (ALSO3) como sua preferida.
Em relação à petroleira, o banco adicionou PRIO (PRIO3) à sua carteira estratégica devido a seu valuation atrativo, aumento na produção e resiliência do petróleo (o BofA projeta o barril de brent a US$ 90 em 2024).
Por outro lado, mantêm uma postura neutra em relação a Vale (VALE3) devido à cautela com o minério de ferro, além de uma abordagem prudente em relação ao papel e celulose.
O Bank of America segue com uma exposição marketweight (em linha com a média) em relação ao México, sendo favorável ao forte crescimento no México e nos EUA, juntamente com a redução da inflação, o que aumenta a probabilidade de um cenário de "soft landing". O banco destaca o gosto particular por finanças, imóveis e empresas de consumo ligadas à tendência de nearshoring (produção de suprimentos em países vizinhos e amigos).
Na América Latina, o banco mantém uma posição underweight (abaixo da média) em relação ao Chile e não possui exposição a Colômbia, Peru e Argentina.
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