ilustração jornal (pixabay)
Os dados divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Relatório Focus do Banco Central mantêm as projeções dos analistas de mercado para a inflação de 2023, enquanto ajustam para cima as estimativas de crescimento do PIB deste ano.
No que tange à inflação, a estimativa do IPCA permaneceu inalterada em 4,90% para o ano corrente, refletindo a consistência observada na semana anterior. Para 2024, houve um pequeno aumento na previsão de inflação, passando de 3,86% para 3,87%. As projeções para os anos 2025 e 2026 mantiveram-se estáveis, situando-se em 3,50%.
Especificamente no âmbito dos preços administrados, as estimativas para a inflação de 2023 tiveram um novo acréscimo, passando de 9,93% para 9,97%. Este aumento é notório quando comparado ao cenário de um mês atrás, quando a estimativa estava em 8,90%. Para 2024, a projeção declinou ligeiramente de 4,30% para 4,27%, enquanto para 2025, a estimativa passou de 3,80% para 3,78%, e para 2026 permaneceu estável em 3,50%,
Veja também:
No que se refere ao Produto Interno Bruto (PIB), as projeções mostram um avanço. Para o ano de 2023, a mediana das estimativas elevou-se de 2,29% para 2,31%, evidenciando um otimismo moderado em relação ao crescimento econômico. A projeção para 2024 permaneceu constante em 1,33%, enquanto para 2025 continuou em 1,90%. Para 2026, a expectativa também se manteve inalterada, permanecendo em 2,0%.
As perspectivas para a taxa básica de juros (Selic) permaneceram estáveis nesta semana. A estimativa manteve-se em 11,75% para o encerramento de 2023, enquanto para os anos subsequentes, a projeção permaneceu em 9,0% para 2024 e 8,50% tanto para 2025 quanto para 2026.
Em relação ao câmbio, a previsão para o dólar em 2023 apresentou seu terceiro aumento consecutivo, passando de R$ 4,95 para R$ 4,98. Para 2024, a estimativa permaneceu em R$ 5,00, ao passo que para 2025 houve um pequeno ajuste de R$ 5,09 para R$ 5,10. A projeção para 2026 foi mantida em R$ 5,15.
Leia também:
No contexto do resultado primário, as estimativas mantiveram-se consistentes com a semana anterior para o ano de 2023, com um déficit de -1,0% do PIB, enquanto para o próximo ano, a projeção continuou em -0,75% do PIB. Para 2025, a estimativa permaneceu em -0,60% do PIB, entretanto, para 2026 houve um leve agravamento, passando de -0,35% para -0,40% do PIB.
No tocante à dívida pública líquida do setor público, as projeções apresentaram aumentos moderados. Para 2023, a estimativa subiu de 60,40% para 60,60% do PIB, enquanto para 2024, o aumento foi de 63,90% para 63,95% do PIB. A projeção para 2025 teve um aumento mais acentuado, passando de 65,80% para 66,0% do PIB, e para 2026, o crescimento foi de 67,90% para 68,0% do PIB.
Por fim, as projeções para a balança comercial brasileira em 2023 sofreram uma ligeira redução, passando de um superávit de US$ 71,70 bilhões para US$ 70,90 bilhões. Para 2024, a estimativa permaneceu em US$ 60 bilhões, enquanto para 2025, houve um ajuste positivo de US$ 58,65 bilhões para US$ 59,30 bilhões. A projeção para 2026 permaneceu constante, mantendo-se em US$ 57 bilhões.
Comentários 0