O dólar "paralelo" na Argentina atingiu um novo recorde durante esta semana, coincidindo com a preparação do país para as primárias das eleições presidenciais no próximo domingo.
O dólar "paralelo" na Argentina atingiu um novo recorde durante esta semana, coincidindo com a preparação do país para as primárias das eleições presidenciais no próximo domingo.
ilustração argentina (pixabay)
Às vésperas das eleições presidenciais na Argentina, o dólar paralelo no país continua a subir e atinge novos patamares. O chamado "dólar blue", que é a cotação paralela da moeda no país, alcançou a marca de 600 pesos nesta quarta-feira (9/8), registrando um aumento de 0,33% em comparação com o dia anterior.
Enquanto o dólar oficial é cotado a um valor muito mais baixo, abaixo de 300 pesos, é a cotação paralela que efetivamente prevalece nas transações entre os cidadãos. Diante das movimentações preocupantes, o ministro da Economia e pré-candidato à presidência, Sergio Massa, ameaça tomar medidas para impedir de forma coercitiva que as negociações paralelas persistam e continuem a impulsionar a cotação.
"Vamos aplicar as medidas rigorosas com todos os recursos legais", declarou Massa nesta semana, sem entrar em detalhes sobre como pretende deter as negociações paralelas. A Argentina está se preparando para as primárias de suas eleições presidenciais, marcadas para o próximo domingo, 13 de agosto. Após a seleção dos candidatos, as eleições oficiais ocorrerão em 22 de outubro.
Cenário Eleitoral Argentino
O cenário das eleições argentinas em outubro permanece incerto. Nas primárias deste domingo (conhecidas como PASO), espera-se que Massa se torne o candidato do bloco de esquerda, representando o atual governo peronista do presidente Alberto Fernández e da vice-presidente Cristina Kirchner.
Entretanto, o bloco governista enfrenta dificuldades para manter sua posição, diante da considerável insatisfação dos argentinos com a inflação crescente, que agora ultrapassa 155% no acumulado de 12 meses.
Do lado da oposição, há uma disputa interna na ala direita entre Horacio Larreta, prefeito de Buenos Aires, e Patricia Bullrich, ex-ministra da Segurança no governo de Mauricio Macri. Também deve se oficializar como candidato na oposição o economista Javier Milei, que pode atrair votos como representante de um eleitorado de extrema-direita ou mais conservador, alinhado com o grupo de Macri.
Veja também:
⬛️ Dicas para você começar a ganhar em Dolar ainda hoje!
Nas eleições mais recentes em 2019, o atual presidente Fernández venceu o ex-presidente Mauricio Macri com 48,2% dos votos. Naquela ocasião, Macri enfrentou forte oposição e críticas por ter contraído uma dívida de US$ 45 bilhões junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Atualmente, a Argentina está em negociações com o FMI para pagar sua dívida, e a incerteza em relação à situação fiscal do país contribui para aumentar as incertezas e desvalorizar o peso argentino.
Curtir
Não Curtir
Amei
Bravo
Triste
Engraçado
Uau
Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização.
Comentários 0