O dólar começou o dia apresentando um sólido aumento em relação ao real, influenciado por eventos globais, porém posteriormente reduziu esses ganhos.
O dólar começou o dia apresentando um sólido aumento em relação ao real, influenciado por eventos globais, porém posteriormente reduziu esses ganhos.
ilustração dolar (pixabay)
Após registrar sólidos avanços pela manhã devido ao movimento de busca por refúgio nos mercados globais, o dólar à vista perdeu força em relação ao real durante a tarde, fechando praticamente estável na terça-feira no Brasil. Investidores aproveitaram para realizar parte dos lucros recentes, enquanto exportadores se beneficiaram das cotações mais elevadas para vender moedas.
O dólar à vista encerrou o dia com uma cotação de 4,8983 reais na venda, apresentando uma variação positiva de 0,04%. No âmbito da B3, às 17:18 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento registrou uma queda de 0,05%, atingindo 4,9190 reais.
O dia teve início com uma valorização significativa do dólar em relação ao real, influenciado pelo contexto internacional. Moedas de países exportadores de commodities, incluindo o Brasil, foram impactadas por dados desfavoráveis da balança comercial chinesa.
As importações chinesas tiveram uma queda de 12,4% em julho em comparação ao ano anterior, de acordo com dados da alfândega, um desempenho abaixo das expectativas de queda de 5% conforme a pesquisa da Reuters e da redução de 6,8% observada em junho. As exportações também recuaram, apresentando uma queda de 14,5%, um declínio mais acentuado do que a previsão de 12,5% e a queda de 12,4% no mês anterior.
Esse cenário negativo foi agravado pelo rebaixamento, por parte da Moody's, da classificação de crédito de diversos bancos de pequeno e médio porte nos EUA, com a possibilidade de também reduzir a recomendação para instituições de maior porte.
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Além disso, a implementação de um imposto sobre lucros bancários na Itália e a divulgação de dados inflacionários considerados elevados na Alemanha direcionaram investidores para ativos de menor risco, como o dólar, em detrimento de outras moedas.
Durante a manhã, o dólar à vista atingiu o patamar máximo de 4,9415 reais (+0,93%) às 9h02 e manteve-se em níveis mais elevados durante todo esse período.
O viés altista da moeda norte-americana se sobrepôs a eventuais influências contrárias provenientes da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada pelo Banco Central na mesma manhã. Na semana anterior, o comitê havia reduzido a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, para 13,25% ao ano, em uma decisão com votos divididos entre os membros.
Na ata, o Copom considerou pouco provável uma intensificação dos cortes na taxa Selic no futuro, uma vez que tal medida exigiria "surpresas positivas substanciais".
"A avaliação do Comitê é de que uma intensificação adicional do ritmo de ajustes é pouco provável, uma vez que isso dependeria de surpresas positivas substanciais que aumentassem a confiança na trajetória prospectiva da desinflação", afirmou a ata.
A indicação de que um corte maior de 0,75 ponto percentual é improvável, em tese, contribuiu para aliviar a pressão altista sobre o dólar em relação ao real. No entanto, a moeda norte-americana manteve-se em alta devido ao contexto internacional.
Durante a tarde, o cenário se alterou. "A alta do dólar em comparação a outras moedas no exterior diminuiu, e os preços de algumas commodities também melhoraram. Aqui no Brasil, exportadores venderam moedas com base nas cotações mais elevadas, enquanto alguns investidores que apostavam na alta aproveitaram para colher lucros", explicou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora.
Investidores que apostavam na alta da moeda norte-americana no mercado futuro - o mais líquido no Brasil - aproveitaram para colher parte dos ganhos recentes, o que reduziu a força das cotações no mercado à vista. Até a sessão de segunda-feira, o dólar havia subido cerca de 3,50% no acumulado de agosto.
A venda de moeda à vista por exportadores e a realização de lucros no mercado futuro levaram as cotações de volta à proximidade da estabilidade. No ponto mais baixo do dia, às 14h57, o dólar à vista atingiu 4,8903 reais (-0,12%). No final da tarde, o dólar ainda mantinha ganhos em relação a moedas fortes e a praticamente todas as moedas emergentes ou de países exportadores de commodities.
Às 17:18 (horário de Brasília), o índice do dólar - que mede o desempenho do dólar norte-americano em relação a uma cesta de seis moedas - subia 0,46%, alcançando 102,550.
Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional oferecidos na rolagem dos vencimentos de outubro
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