Até junho, o banco público já concedeu R$ 41 bilhões em liberações.
Minhas Finanças
ilustração investimento (pixabay)
Na quarta-feira (23), Inês Magalhães, vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, anunciou que o banco tem a expectativa de atingir a marca de R$ 75 bilhões em financiamentos habitacionais com recursos provenientes da poupança ao longo deste ano. No entanto, ressaltou a importância de uma reavaliação das cadernetas, uma pauta também defendida pela presidente do banco, Rita Serrano.
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Magalhães enfatizou que a Caixa tem historicamente aumentado sua atuação quando os bancos privados demonstram menor interesse no crédito habitacional, uma tendência observada principalmente quando a taxa Selic se eleva. E essa tendência está se repetindo no corrente ano. Ela afirmou durante um evento do Santander em São Paulo na quarta-feira: "Apesar disso, mantemos a projeção de alcançar R$ 75 bilhões em liberações neste ano." Até junho, a Caixa já havia disponibilizado R$ 41 bilhões em financiamentos.
Entretanto, Inês Magalhães também destacou que a diminuição do atrativo da poupança nos últimos anos precisa ser abordada pelo setor financeiro e pelo Banco Central. Ela ecoou as observações da presidente da Caixa, enfatizando que aspectos da poupança, como sua remuneração, precisam ser reconsiderados.
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Ela questionou: "A grande questão é se, mesmo com a redução das taxas de juros, a poupança pode recuperar sua vigorosidade passada." O mercado tem registrado saídas de depósitos de poupança, uma situação que afeta também a Caixa, embora o banco público tenha enfrentado perdas menores em comparação à média.
Magalhães relatou que a Abecip, a associação que representa os agentes que financiam habitação através do sistema de poupança, está em conversas com o Banco Central sobre a possibilidade de liberar parte dos depósitos compulsórios mantidos pelos bancos. A proposta é que os fundos liberados sejam direcionados para o financiamento habitacional, buscando compensar as perdas que a poupança tem enfrentado.
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