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Ibovespa Registra 9ª Sessão Consecutiva de Queda, a Maior Sequência em 25 Anos; Dólar Apresenta Elevação de 0,45%, Alcançando R$ 4,90

Ambiente Internacional Novamente Afeta Cenário Interno Após IPCA Apresentar Algum Otimismo

Cotações

ilustração queda (pixabay)

Na sexta-feira (11), o índice Ibovespa encerrou com uma redução de 0,24%, acumulando uma queda de 1,21% ao longo da semana e registrando seu nono pregão consecutivo no vermelho, todos desde o início de agosto, com uma diminuição total de 3,18% no mês. Segundo o TradeMap, a última vez que o Ibovespa apresentou nove sessões consecutivas de declínio foi em 12 de agosto de 1998, pouco antes das crises das LTCMs e da Crise da Rússia.

As ações dos exportadores de commodities foram os principais responsáveis pela queda do índice para os 118.065 pontos no dia. As ações ordinárias da Vale (VALE3) apresentaram uma queda de 0,83%, enquanto as ações preferenciais da Gerdau (GGBR4) registraram uma diminuição de 0,85%. No caso das ações preferenciais série A da Usiminas (USIM5), houve um declínio de 0,86%.

"O Ibovespa perdeu os pequenos ganhos da manhã principalmente devido à queda nas commodities, que afeta significativamente os setores de siderurgia e mineração", afirmou Lucas de Caumont, estrategista de investimentos da Matriz Capital.

Apesar do aumento de 2% no preço do minério de ferro em Cingapura, os especialistas continuam sugerindo que a commodity possa em breve testar os níveis de suporte de US$ 100 por tonelada, dada a persistente fraqueza da economia chinesa.

"O Ibovespa mantém uma trajetória de baixa, registrando declínios em todos os nove dias de negociação em agosto",. Novamente, o índice perdeu força ao longo do dia, desta vez influenciado pela queda das ações relacionadas a commodities. A Vale operou em declínio desde o início da sessão, enquanto a Petrobras reverteu sua tendência positiva inicial devido à reação aprimorada em relação à recomendação de um banco "O influxo de capital estrangeiro é notável", ressaltou Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.

 

Além disso, os investidores continuam acompanhando de perto como uma greve nas instalações de extração de gás na Austrália pode afetar a inflação global e o crescimento econômico. A commodity registrou um aumento nos mercados americano e europeu no dia anterior.

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 Em Nova York, o Dow Jones apresentou uma elevação de 0,30%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq recuaram 0,11% e 0,56%, respectivamente. As taxas de rendimento dos títulos do Tesouro de dois anos aumentaram 7,6 pontos-base, atingindo 4,897%, enquanto as de dez anos subiram 7,6 pontos, chegando a 4,16%.

 Nos Estados Unidos, a divulgação da inflação ao produtor acima do consenso, com um aumento de 0,3% em julho, também exerceu pressão sobre a curva de juros americana.

 No Brasil, as tendências foram variadas. As taxas de Depósitos Interfinanceiros (DIs) para 2024 permaneceram estáveis em 12,43%, enquanto as de 2025 diminuíram 5,5 pontos-base, chegando a 10,33%. As taxas dos contratos para 2027 tiveram uma diminuição de um ponto-base, atingindo 9,99%, mas as para 2029 aumentaram um ponto, chegando a 10,53%. As taxas de DIs para 2031 diminuíram um ponto, atingindo 10,83%.

 

"Os juros futuros incorporaram uma perspectiva otimista em relação ao IPCA de julho, seguindo a indicação de Roberto Campos Neto de que a inflação de serviços apresentou melhorias, o que aumentou a precificação de um corte de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom)", explicou Nishimura.

O IPCA de julho registrou um aumento de 0,12%, ligeiramente acima do consenso de 0,07% da Refinitiv. No entanto, analistas destacaram que a desaceleração da inflação no setor de serviços poderá exercer maior pressão sobre o Banco Central brasileiro para acelerar os cortes de juros nas próximas reuniões.

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Finalmente, o dólar registrou um aumento de 0,45% em relação ao real, alcançando R$ 4,904 na compra e na venda. Na semana, houve um aumento de 0,59%.

 

"Se o Federal Reserve (Fed) não conseguir começar a diminuir as taxas de juros nos Estados Unidos tão cedo, isso pode pressionar a manutenção do dólar em alta", observou Luiz Felipe Bazzo, CEO do TransferBank.

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