O Brasil recebeu convite, mas Celso Amorim deve participar da reunião apenas por videoconferência; países do Sul Global evitam endossar o plano.
O Brasil recebeu convite, mas Celso Amorim deve participar da reunião apenas por videoconferência; países do Sul Global evitam endossar o plano.
Ilustração bandeira ucrania (Pixabay)
A Arábia Saudita sediará uma cúpula neste final de semana com líderes e autoridades de relações exteriores de mais de 30 países para discutir o plano de paz proposto pela Ucrânia com o objetivo de encerrar a guerra iniciada em fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu o país. O Brasil foi convidado, mas o ex-chanceler Celso Amorim, assessor internacional da Presidência, confirmou que participará do encontro em Jeddah por meio de videoconferência.
A proposta, chamada de "Fórmula da Paz" pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, já foi debatida em Copenhague em junho e contém 10 pontos essenciais, sendo a retirada das tropas russas do território ucraniano o ponto de partida. No entanto, Amorim enfatizou que as negociações devem considerar as preocupações de segurança da Rússia.
A ausência de convite à Rússia para o encontro foi a razão apresentada pelo governo do México, liderado por Andrés Manuel López Obrador, para não comparecer à cúpula. A China também não enviará representante oficial, o que mostra uma posição semelhante do chamado Sul Global.
Enquanto isso, Josep Borrell, chefe de política externa da União Europeia, escreveu aos ministros do G20 pedindo ajuda para persuadir Vladimir Putin a reabrir a principal rota de exportação de grãos da Ucrânia para países da África e do Oriente Médio.
Na quinta-feira, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reiterou suas críticas, afirmando que a Rússia deve parar de usar o Mar Negro e os grãos da Ucrânia como "chantagem", tratando as pessoas famintas e vulneráveis como alavancas em sua "guerra inescrupulosa".
Embora Blinken tenha mencionado a possibilidade de o Ocidente suspender as sanções às exportações de grãos russos como forma de retomar as negociações, um porta-voz do Kremlin afirmou que é preciso ver ações concretas, não apenas promessas.
Os conflitos continuaram no Mar Negro nesta sexta-feira (4), com o Ministério da Defesa da Rússia relatando que drones ucranianos atacaram uma base da marinha russa perto do porto de Novorossiysk, um importante centro para as exportações russas. Embora o ataque tenha sido considerado um fracasso, a Ucrânia divulgou imagens de um navio militar supostamente desativado por um drone marítimo.
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