Dados fornecidos por empresas privadas atuantes no setor de água e saneamento apontam que será necessário um montante de R$ 893 bilhões até 2033 para alcançar a universalização do acesso da população brasileira a água potável e tratamento de esgoto.
Dados fornecidos por empresas privadas atuantes no setor de água e saneamento apontam que será necessário um montante de R$ 893 bilhões até 2033 para alcançar a universalização do acesso da população brasileira a água potável e tratamento de esgoto.
Ilustração lixo (Pixabay)
Dados fornecidos por empresas privadas atuantes no setor de água e saneamento apontam que será necessário um montante de R$ 893 bilhões até 2033 para alcançar a universalização do acesso da população brasileira a água potável e tratamento de esgoto.
De acordo com a nova legislação aprovada em 2020, dentro de uma década, 99% dos lares deverão ser atendidos com água tratada, e 90% deverão ter acesso a redes de esgoto. Atualmente, os serviços de água alcançam 84,2% da população, enquanto o saneamento de esgoto abrange 55,8%, conforme dados da Abcon (Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto), que congrega as 16 principais operadoras privadas do país.
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Uma projeção conjunta com a KPMG aponta que, mantendo-se o ritmo de investimentos de 2021, a meta de universalização só será atingida em 2089.
Em 2021, logo após a aprovação do Marco do Saneamento, o setor recebeu R$ 18,3 bilhões em investimentos, provenientes de empresas privadas, entidades estatais, governos estaduais e municipais, além do governo federal. As operadoras privadas responderam por 19,3% desse montante.
O diretor executivo da Abcon, Percy Soares Neto, acredita que a entrada do setor privado acelerará esses investimentos. Desde a aprovação do marco, ele destaca que foram contratados R$ 64 bilhões em novos investimentos, com previsão de concretização nos próximos anos. Além disso, há 31 leilões em andamento para concessões, privatizações e parcerias público-privadas (PPPs), projetando investimentos de R$ 24,4 bilhões.
Soares Neto observa: "As metas não são inatingíveis, mas é necessário reformular o padrão de investimento no setor. Com base nos contratos firmados, a tendência é que esse indicador melhore nos anos vindouros."
Ele ressalta que os órgãos públicos também aumentaram os investimentos após as alterações promovidas pelo Marco do Saneamento. Utiliza o crescimento das PPPs em análise pelo setor público como exemplo. Atualmente, as PPPs compreendem cerca de 3% dos contratos de prestação de serviços com a iniciativa privada. Com as modificações do governo, a expectativa é que elas se tornem o principal motor de crescimento nos próximos anos.
Os decretos presidenciais emitidos em abril, que revisaram o Marco do Saneamento, apesar das críticas do Congresso, encontraram apoio no setor privado: permitiram que operadoras assumissem mais de 25% de uma PPP. Esse percentual anteriormente limitava a participação de empresas privadas nos contratos. "As PPPs, antes desfavorecidas, agora são estimuladas", aponta Soares Neto.
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