CriptoFácil - A Revolut, uma fintech com sede no Reino Unido, comunicou a suspensão iminente de seus serviços de criptomoedas nos Estados Unidos. Segundo a empresa, essa medida será implementada a partir de 2 de setembro de 2023.
CriptoFácil - A Revolut, uma fintech com sede no Reino Unido, comunicou a suspensão iminente de seus serviços de criptomoedas nos Estados Unidos. Segundo a empresa, essa medida será implementada a partir de 2 de setembro de 2023.
Ilustração grade encerramento (Pixabay)
CriptoFácil - A Revolut, uma fintech com sede no Reino Unido, comunicou a suspensão iminente de seus serviços de criptomoedas nos Estados Unidos. Segundo a empresa, essa medida será implementada a partir de 2 de setembro de 2023.
A partir dessa data, os clientes dos EUA não poderão mais solicitar a aquisição de criptomoedas através da plataforma. No entanto, aqueles que já possuem criptomoedas poderão trocá-las e efetuar saques de seus fundos.
Em um segundo momento, a empresa permitirá um período de um mês para que seus clientes possam retirar seus recursos ou vender suas criptomoedas. Por fim, a Revolut suspenderá completamente o serviço a partir de 3 de outubro. Como resultado, os clientes não terão mais a possibilidade de adquirir, vender ou manter qualquer tipo de criptomoeda.
"Devido à evolução do cenário regulatório e às incertezas em torno do mercado de criptomoedas nos EUA, tomamos, em conjunto com nosso parceiro bancário dos EUA, a difícil decisão de suspender o acesso a criptomoedas através da Revolut nos EUA", afirmou um porta-voz da Revolut ao Decrypt.
O CriptoFácil tentou contato com a assessoria da empresa, mas até a conclusão deste artigo, não obteve resposta. Se houver retorno da Revolut, este artigo será atualizado.
Ecossistema ameaçado nos EUA
A Revolut apontou o contexto regulatório das criptomoedas nos EUA como um dos motivos para essa decisão. A empresa opera no mercado de criptomoedas e está preocupada com a pressão exercida pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), que sustenta que a maioria das criptomoedas são consideradas valores mobiliários.
Portanto, exceto pelo Bitcoin (BTC), a SEC argumenta que todas as outras criptomoedas estão sujeitas a regras de proteção ao investidor determinadas pela agência. Essa pressão se intensificou no início de junho, quando a SEC moveu processos contra as exchanges Coinbase (NASDAQ:COIN) e Binance por não registrarem várias criptomoedas como valores mobiliários. Ambas as empresas negaram as acusações.
Após as declarações da SEC, a Revolut prontamente removeu Cardano (ADA), Solana (SOL) e Polygon (MATIC). Essas três criptomoedas foram classificadas como títulos pelo regulador, o que provavelmente influenciou a decisão da Revolut. A plataforma também anunciou seu plano de encerrar sua listagem de ações até 18 de setembro, o que a removerá da Bolsa de Valores de Nova York.
A maioria das empresas do setor de criptomoedas questiona a jurisdição da SEC e tem feito lobby no Congresso nos últimos meses para elaborar leis que esclareçam que as criptomoedas se assemelham mais a commodities do que a valores mobiliários. No entanto, a regulamentação nos EUA ainda avança lentamente, deixando todo o setor em um estado de incerteza.
Recentemente, empresas como a Ripple obtiveram vitórias em relação à SEC nesse sentido, o que trouxe otimismo ao mercado. No caso da Ripple, a juíza Analisa Torres determinou que as vendas de XRP em exchanges não configuram valores mobiliários. A SEC ainda tem a possibilidade de recorrer dessa decisão.
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