Chris Perkins, da CoinFund, endossa o controverso ativo digital obtido por meio do escaneamento ocular do usuário.
Chris Perkins, da CoinFund, endossa o controverso ativo digital obtido por meio do escaneamento ocular do usuário.
ilustração criptomoedas (pixabay)
A Worldcoin (WLD), um sistema de identidade criptográfica desenvolvido em parte por Sam Altman, uma das principais figuras por trás da OpenAI e do ChatGPT, continua a ganhar relevância, apesar das controvérsias em torno do projeto. Essa é a perspectiva compartilhada por Chris Perkins, o presidente da CoinFund, uma empresa de venture capital com foco em criptomoedas, que tem apoiado a Worldcoin desde 2021.
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O projeto emprega um dispositivo chamado "orbe" para realizar a digitalização dos olhos dos usuários, gerando assim uma identidade digital única que também possibilita a recepção dos tokens Worldcoin, lançados na semana anterior.
Batizada de "World ID", essa identidade confere aos portadores uma "prova de personalidade", funcionando como uma autenticação em meio à crescente presença de soluções de inteligência artificial. "À medida que navegamos nesse ambiente, entender a autenticidade da personalidade - quem é humano e quem é um programa automatizado - será crucial", afirmou Perkins em uma entrevista à Bloomberg na terça-feira (1).
No entanto, a Worldcoin tem suscitado debates a respeito da honestidade de suas práticas de coleta de dados, bem como questões sobre a segurança do projeto. Algumas evidências sustentam essas preocupações. Os operadores da Worldcoin, responsáveis pelo cadastro de novos usuários, tiveram suas credenciais de login comprometidas e houve a identificação de IDs globais sendo comercializados em mercados negros online. Em resposta a esses incidentes, a Worldcoin reforçou suas medidas de segurança.
Devido às incertezas relacionadas à privacidade, órgãos regulatórios europeus estão analisando o projeto de perto.
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Perkins reconheceu a controvérsia que envolve a Worldcoin, porém ressaltou que outras plataformas, como o serviço de aeroportos Clear Secure e os iPhones da Apple, também utilizam dados biométricos. "Acreditamos que a equipe está genuinamente focada na privacidade", declarou Perkins a respeito da Worldcoin, destacando que o projeto emprega a tecnologia de prova de conhecimento-zero para garantir segurança adicional.
Embora a Worldcoin já esteja realizando a digitalização dos olhos e distribuindo os tokens WLD no Brasil, o projeto ainda está em estágios iniciais nos Estados Unidos. Lá, interessados podem ter sua íris digitalizada para obter um World ID, mas a possibilidade de ganhar tokens ainda está pendente devido a questões regulatórias incertas. De acordo com Perkins, uma maior clareza sobre se os ativos digitais constituem ou não valores mobiliários nos EUA abrirá caminho para o lançamento dos tokens no país.
Nesta quarta-feira (2), o token Worldcoin registra uma alta de 3,90%, atingindo US$ 2,40, ainda abaixo do pico histórico de US$ 3,58 alcançado na semana anterior, de acordo com dados do CoinMarketCap.
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