Há pelo menos 21 tokens no mercado que custam menos do que R$ 1; veja quais são as apostas dos especialistas
Há pelo menos 21 tokens no mercado que custam menos do que R$ 1; veja quais são as apostas dos especialistas
ilustração criptomoedas (pixabay)
O alto custo de uma unidade de Bitcoin (BTC) ou Ethereum (ETH), as duas principais criptomoedas do mercado, pode ser intimidante para alguns investidores. Com valores de R$ 147 mil e R$ 9.258, respectivamente, muitos procuram por alternativas mais acessíveis. Felizmente, o mercado de criptomoedas oferece uma variedade de opções. A cada 24 horas, cerca de mil novas criptomoedas são lançadas, resultando em pelo menos 21 tokens atualmente com valores inferiores a R$ 1, de acordo com dados do CoinMarketCap.
Apesar da diversidade, a máxima do mercado cripto de "fazer uma análise criteriosa do ativo digital e da equipe por trás dele" permanece. Separar os projetos confiáveis dos enganosos não é uma tarefa simples, exigindo um entendimento profundo dos empreendimentos para identificar aqueles com potencial de valorização e descartar os que carecem de fundamentos sólidos.
Nesse contexto, especialistas consultados destacam moedas que podem ser consideradas promissoras para os meses vindouros. Além disso, tais ativos ainda são mais acessíveis do que um simples café.
Chiliz (CHZ):
O CHZ representa o token nativo da Chiliz, pioneira em fan tokens. Uma unidade completa deste ativo digital possui o valor de R$ 0,38. Através do aplicativo Socios.com, que incentiva a recompensa e o engajamento dos torcedores, a empresa gerencia diversos tokens de equipes nacionais e internacionais, incluindo times como Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Barcelona, PSG, entre outros.
Embora o CHZ tenha enfrentado uma desvalorização de cerca de 30% durante o primeiro semestre, comparado ao mesmo período do ano anterior, a rede continua progredindo e apresentou iniciativas que podem estimular o seu crescimento futuro. De acordo com João Kamradt, Diretor de Análises e Investimentos da Viden VC, a Chiliz lançou a Chiliz Chain em 2023, uma blockchain compatível com a Ethereum Virtual Machine, para capturar o valor do ecossistema de fan tokens anteriormente estruturado na Ethereum. Além disso, introduziu mecanismos nativos de staking e lançou o Chiliz Labs, um programa de incubação e aceleração de startups voltadas para seu ecossistema.
Radix (XRD):
Outra aposta de Kamradt é o XRD da Radix, um protocolo com foco em aplicativos descentralizados (dApps) que busca melhorar o setor de finanças descentralizadas (DeFi). No primeiro semestre, o ativo digital, com valor de R$ 0,30, registrou um aumento de 58%, e ainda possui espaço para crescer, segundo ele. O XRD possui uma oferta limitada de 24 bilhões de unidades, e à medida que o ecossistema se expande e atrai mais usuários e desenvolvedores, a demanda pelo token pode aumentar.
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A comunidade do projeto está aguardando uma atualização prevista para setembro de 2023, mencionou Kamradt. Essa atualização adicionará a capacidade de desenvolver e utilizar smart contracts baseados em uma linguagem de programação chamada Scrypto, além de introduzir outras mudanças significativas, como novos modelos de transações e novas carteiras DeFi.
Cortex (CTXC):
Outra opção com valor abaixo de R$ 1 é o Cortex (CTXC), custando R$ 0,80. Em resumo, o Cortex é um projeto criptográfico construído na rede Ethereum, que está alinhado com a narrativa de inteligência artificial (IA). Esse protocolo permite que os usuários adquiram modelos de IA para incorporação em seus contratos inteligentes, o que pode expandir as funcionalidades e possibilidades dos contratos existentes na rede. Kamradt enfatiza que, à medida que o valor do token CTXC aumenta, mais desenvolvedores são incentivados a se unir ao Cortex e criar uma gama mais diversificada de modelos de IA para dApps.
TrueFi (TRU):
A aposta de Fábio Matos, sócio da CoinLivre, um marketplace de ativos tokenizados, é na TRU da TrueFi, uma plataforma DeFi que viabiliza o gerenciamento de capitais e empréstimos. Cada unidade de TRU tem o valor de R$ 0,20. Embora o token tenha acumulado perdas de 48% durante o primeiro semestre, o especialista acredita que essas perdas podem ser revertidas nos meses seguintes.
Matos destaca a grande assimetria e potencial de alta desse protocolo, visto que é um projeto de ativos do mundo real tokenizados. Ele menciona que o mercado está cada vez mais voltado para a tokenização de ativos do mundo real, e cita a projeção do JPMorgan de que 10% do PIB mundial será tokenizado em cinco anos. Matos também ressalta que o mercado cripto em 2023 pode não oferecer "altas infinitas" devido ao cenário econômico dos Estados Unidos, tornando-o um ano com ótimas oportunidades para adquirir ativos gradualmente e multiplicar o valor investido.
Estratégia é Racional?
Apesar da atratividade de criptomoedas de baixo valor, abaixo de R$ 1, nem todos compartilham a perspectiva positiva de adotar a estratégia de adquirir criptos baseada exclusivamente no preço. Paulo Boghosian, o chefe de pesquisa Cripto na TC Pandhora, argumenta que os investidores devem focar na capitalização de mercado de um ativo – resultante do preço multiplicado pela sua oferta de moedas – ao invés de apenas se concentrarem no preço individual.
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Ele ressalta que um criptoativo que custa um centavo e tem uma oferta de um trilhão de moedas pode ser considerado mais caro do que um criptoativo de dez dólares com uma oferta de mil moedas.
Um exemplo é o Bitcoin, com uma capitalização de mercado de US$ 598 bilhões e uma oferta atual de 19 milhões de moedas. No entanto, existem tokens com oferta infinita.
Boghosian observa que frequentemente surgem criptoativos com preços na faixa de centavos, muitas vezes para criar a percepção de serem baratos, principalmente no caso das memecoins. Ele esclarece que esses criptoativos, intencionalmente ou não, aproveitam um viés cognitivo humano chamado de "unit bias". Nesse contexto, um investidor ao deparar-se com um valor baixo tende a acreditar que se trata de um ativo acessível.
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